
04/09/2025 - 11h53
53% das empresas admitem ter feito contratações erradas no último ano
Inteligência comportamental cresce como ferramenta essencial para reduzir erros nas contratações
Com a maior rotatividade do mundo, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar contratações mais assertivas. Atualmente, 53% dos líderes admitem ter feito ao menos uma contratação equivocada no ano passado. É o que aponta um levantamento da Sólides, que buscou entender o panorama atual da gestão de pessoas no Brasil.
A pesquisa da Sólides, que aborda inteligência comportamental, mostrou que 61% dos erros nas contratações no Brasil estão ligados a comportamentos inadequados dos profissionais. Já 39% dos casos são atribuídos à falta de compatibilidade das habilidades técnicas com a função. Ou seja, mesmo quando o conhecimento técnico está alinhado, as competências comportamentais, ou soft skills, podem não corresponder às expectativas da empresa.
O fato é que comportamentos inadequados geram conflitos e baixa produtividade, resultando em prejuízos financeiros para as empresas. Além disso, criam um ambiente tóxico, que afeta o clima e a motivação das equipes. Ao aplicar a inteligência comportamental, as empresas conseguem identificar características essenciais para cada cargo e o potencial de cada colaborador para determinada função, evitando contratações que não se encaixam no perfil cultural e funcional.
Com a maioria dos executivos admitindo ter realizado contratações erradas no último ano, o cenário indica que o desafio de acertar na escolha do candidato ainda persiste. Nesse sentido, a inteligência comportamental tem se destacado nas empresas, apresentando retornos de até 1.200% no ROI organizacional, segundo análise da Sólides. De modo geral, investir nessa estratégia contribui para a redução de custos e o aumento da produtividade.
Existem diversas áreas em que é possível investir essas técnicas, entre elas:
Engenharia de cargos: a inteligência comportamental ajuda a definir o perfil ideal para cada função, alinhando habilidades técnicas e comportamentais.
Recrutamento e seleção: permite avaliar candidatos além do currículo, identificando o fit cultural e as soft skills necessárias.
Motivação e engajamento: auxilia a entender o que realmente motiva cada colaborador, personalizando estratégias de engajamento.
Treinamento e desenvolvimento: orienta programas focados nas necessidades reais, tornando os treinamentos mais eficazes e econômicos.
Gestão de crise: apoia a comunicação e decisões personalizadas em momentos difíceis, como demissões e remanejamentos.
Retenção de talentos: contribui para identificar e manter profissionais, reduzindo a rotatividade e fortalecendo o time.
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