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02/12/2025 - 12h04

Engajamento dos trabalhadores está em alta, segundo pesquisa global da ADP

Brasileiros estão entre os três mais comprometidos com o trabalho em todo o mundo

 

De acordo com estudo da série de relatórios People at Work 2025, do ADP Research, divisão de pesquisas sobre mercado de trabalho e desempenho dos colaboradores da ADP, um em cada cinco trabalhadores no mundo se considera totalmente engajado no trabalho, um recorde no comparativo com a última década. No Brasil, 27% afirmam estar comprometidos com o trabalho, dado que coloca o país na terceira posição entre as 34 nações estudadas.

 

A pesquisa global também revela que os homens são significativamente mais participativos do que as mulheres. Em 2025, 31% deles se sentem totalmente engajados (cinco pontos percentuais mais que em 2024), enquanto, entre elas, o índice é de 22%, após uma queda de nove pontos percentuais.

 

“Houve transformações significativas no ambiente de trabalho. O desemprego está próximo dos níveis mais baixos da história e os empregadores têm inovado na forma como investem em seus funcionários, fatores que ajudaram a impulsionar o engajamento global”, afirma Nela Richardson, economista-chefe da ADP.

 

Mary Hayes, diretora de pesquisa de Pessoas & Performance do ADP Research, assinala que o estudo mostra um avanço em cinco pontos percentuais no índice de trabalhadores que relataram se sentir totalmente engajados, desde a pandemia, passando de 14%, em 2020, para 19%, em 2025”, diz. “A geografia, o local de trabalho – seja no modelo híbrido, presencial ou remoto – e a participação em uma equipe de alto desempenho têm um impacto significativo nos níveis de engajamento dos funcionários”, destaca.

 

No Brasil, modelo híbrido é engajador

O levantamento constatou, ainda, que o modelo de trabalho pode influenciar o engajamento de funcionários. Em números globais, 56% dos entrevistados afirmam trabalhar presencialmente todos os dias, aumento de dois pontos em relação ao ano passado e de oito pontos percentuais em relação a 2022. Apenas 12% trabalham de maneira remota e 32% atuam em modelo híbrido, uma redução de dois pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

 

No Brasil, 53% dos profissionais atuam exclusivamente de modo presencial, 35% permanecem no híbrido e 12% estão inseridos no modelo remoto. Aqueles que têm a oportunidade de desempenhar seus papéis no sistema híbrido são os que se sentem mais engajados (32%). E há uma razão para isso: não apenas os empregadores têm solicitado o retorno parcial do trabalho presencial, mas os colaboradores também têm escolhido ampliar sua presença nos escritórios.

 

Outro aspecto relevante é que a autonomia apresenta um impacto significativo nos níveis de engajamento. Pessoas com liberdade para escolher o modelo de trabalho são muito mais engajadas.

 

Senso de pertencer à melhor equipe é essencial

Em muitas funções não há alternativa: só é possível atuar presencialmente. Nesses casos, promover o senso de pertencimento a uma equipe de alto desempenho se mostra uma estratégia fundamental para impulsionar o engajamento. Os dados da pesquisa evidenciam que embora a grande maioria dos trabalhadores (90%) integre uma equipe, os 52% dos que consideram pertencer a uma equipe de alto desempenho sentem-se totalmente engajados, enquanto apenas 10% daqueles que não se reconhecem nesse cenário consideram-se totalmente engajados.

 

 


Foto: Shutterstock