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09/10/2025 - 12h21

Cultura de aprendizagem, o pilar para reter talentos e inovar

Estimular a colaboração e inovação ajuda nessa construção, diz líder de RH da Protege

 

Por Jorge Tavares de Almeida*

 

Por muito tempo, as corporações foram avaliadas pelos seus atributos tangíveis: produtos sólidos, infraestrutura e capital; hoje, essa percepção mudou e o que realmente consolida uma empresa é sua capacidade de se reinventar, impulsionada pelo potencial criativo e pela agilidade de aprendizado do seu time, transformando o conhecimento em força e diferencial que move a organização.

 

Quando se valoriza o crescimento de cada colaborador, cria-se um ambiente onde as pessoas não apenas querem trabalhar, mas se sentem motivadas a se desenvolver. É um compromisso que transforma objetivos estratégicos em metas claras e palpáveis para todos. Essa revolução está no centro da estratégia de sucesso de organizações que investem genuinamente em seus talentos.

 

Implementação e benefícios práticos

Para transformar essa intenção em realidade, uma forma prática é a criação de grupos de desenvolvimento, que oferecem jornadas de aprendizado personalizadas para cada colaborador. Essas trilhas abrangem tanto habilidades técnicas quanto competências comportamentais, além de cursos de idiomas e competências específicas para cargos de gestão, alinhadas às necessidades do negócio e do mercado.

 

Essa transformação cultural alinha desenvolvimento individual a uma visão compartilhada, como explica Peter Senge, cientista de sistemas americano, professor sênior da Escola de Administração Sloan do MIT, em seu livro A Quinta Disciplina. Para ele, a verdadeira vantagem competitiva de uma organização está em aprender coletivamente mais rápido que seus concorrentes. Isso resulta em inovação sistêmica que faz do conhecimento um motor prático para resultados duradouros.

 

Assim, para potencializar os ganhos de uma cultura de aprendizagem, é essencial fomentar um ambiente colaborativo que estimule a troca de ideias, onde programas de inovação reconheçam publicamente as melhores sugestões, criando assim um ciclo virtuoso de criatividade e melhoria contínua. Essa estratégia, alinhada ao pensamento de Peter Senge, não apenas impulsiona a inovação em processos e produtos, mas também fortalece o engajamento e a motivação dos colaboradores (clima organizacional), tornando-se um fator decisivo para a retenção de talentos e o sucesso sustentável da organização.

 

Liderança e futuro do aprendizado

Nada disso, porém, prospera sem o envolvimento ativo das lideranças. Como principais catalisadores, os líderes devem oferecer orientação, feedback contínuo e oportunidades de crescimento que fortaleçam a organização e impulsionem os resultados. Para tal, é prioritário investir, também, na capacitação dos líderes por meio de treinamentos estratégicos, programas de mentoria e desenvolvimento individualizado, preparando a empresa para os desafios do futuro.

 

O amanhã do aprendizado corporativo aponta para competências essenciais como inovação, fluência digital e pensamento analítico, potencializadas por tecnologias avançadas como a inteligência artificial. Manter-se relevante exige coragem para questionar modelos tradicionais e construir estruturas mais colaborativas, que valorizem a experimentação e que entendam o erro como parte do processo. Essa jornada demanda persistência, mas é o caminho para consolidar uma cultura de evolução e garantir um sucesso sustentável e duradouro.

 

Diante disso, você consegue imaginar como seria sua empresa se cada colaborador se sentisse verdadeiramente inspirado a crescer e inovar?

 

 

*Jorge Tavares de Almeida é diretor de Gente e Gestão & Jurídico do Grupo Protege

 

 

Foto: Divulgação/Grupo Protege