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Publieditorial

21/11/2023 - 08h29

Saúde mental nas empresas tem que passar por mapeamento, capacitação e suporte

Essa é a tríade das diretrizes da OMS e OIT para tratar do assunto em ambientes de trabalho

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma a cada oito pessoas sofre com algum transtorno mental, como a ansiedade e a depressão. Mesmo sendo bastante comuns, ainda carregam muitos estigmas que acabam impedindo que as pessoas que sofrem com eles busquem ajuda. Isso causa, além da subnotificação, o agravamento da doença.

 

“Mesmo com dados subnotificados, os números são muito relevantes”, afirma Dr. Guilherme Augusto Murta, médico do trabalho e coordenador de Saúde Ocupacional do Sesi Paraná. “A pandemia trouxe um impulso muito nítido em relação à importância da saúde mental, pelas incertezas do período, isolamento social, inseguranças sobre trabalho e futuro, o que produziu um escalada nos números relacionados à saúde mental que nós ainda vemos os reflexos hoje em dia”, explica o médico.

 

Por conta disso, em 2022, a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram uma publicação com diretrizes que orientam as ações das organizações quando o assunto é saúde mental no trabalho. Afinal, de acordo com levantamento das instituições, 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido às doenças mentais, ao custo de quase US$ 1 trilhão.

 

Junto com o crescimento dos índices, nos últimos anos, os indicadores relacionados ao ESG chegaram com tudo nas empresas. Os ligados ao S da sigla, o social, referem-se não só à preocupação e cuidado com comunidade que está no entorno, mas também com o público interno, que é composto pelos colaboradores. 

 

Por tudo isso, promover ações de saúde mental nas empresas tornou-se fundamental e estratégico. Para ofertar soluções integradas de Segurança e Saúde para a indústria, o Sesi Paraná lançou o Programa de Saúde Mental. Baseado nas diretrizes publicadas pela OMS e OIT, que orientam as ações das organizações quando o assunto é saúde mental no trabalho, é dividido em três eixos:

 

1 – Prevenção – mapeamento dos fatores de riscos psicossociais da empresa por meio de questionário respondido pelos colaboradores.

 

2- Promoção e proteção – capacitação de gestores e oferta de palestras.

 

3- Suporte – encaminhamento terapêutico.

 

O objetivo é apoiar as indústrias paranaenses para que reduzam o absenteísmo e presenteísmo, consequentemente aumentando a produtividade, e promovam ambientes cada vez mais favoráveis ao fortalecimento e a manutenção da saúde mental de seus colaboradores. Guilherme enfatiza que o tema saúde mental ainda é muito estigmatizado e a forma de mudar isso, é a informação. “Com um programa desses dentro das empresas, a mudança ocorrerá de dentro das indústrias para a sociedade, ocorrendo grande impacto social”, finaliza.

 

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Foto: AdobeStock