22/07/2024 - 12h15
Mais da metade dos brasileiros recusaria promoção no trabalho para preservar o bem-estar
Pesquisa global mostra que o país supera a média global e latino-americana
O estudo global Talent Trends, da Michael Page, consultoria especializada em recrutamento de executivos pesquisa, aponta: 56% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção a fim de preservar o bem-estar. Os indicadores do Brasil superam as médias global (48%), da América Latina (43%) e de países como Colômbia (44%), Panamá (42%), Argentina (41%), Chile (39%), Peru (18%) e México (36%). O estudo foi realizado em 37 países e com a participação aproximada de 50 mil profissionais.
"A busca por modelos de trabalho mais flexíveis, que favoreçam o equilíbrio entre a rotina pessoal e profissional, tem sido cada vez mais reivindicada e, em muitos contextos, já é uma questão estabelecida pelas empresas para a satisfação dos colaboradores, principalmente após a pandemia, que gerou uma reorganização do mercado corporativo. A busca por equilíbrio na vida e a intensidade da demanda que uma promoção pode trazer faz com que os profissionais prefiram o bem-estar a uma nova oportunidade na carreira", afirma Juliana Ribeiro, gerente-executiva da Michael Page.
Os brasileiros também lideram o índice de profissionais que estão trabalhando presencialmente com mais frequência do que há um ano, em função de políticas internas mais rígidas das empresas. Segundo o levantamento, 54% dos respondentes atuam de forma presencial por exigência da organização, ficando à frente das médias da América Latina (53%) e global (49%).
A pesquisa também buscou entender até que ponto os profissionais estão abertos a modelos de trabalho mais flexíveis. Dos respondentes do Brasil, 70% considerariam a possibilidade de aceitarem uma oferta de emprego como freelancer, mesmo número da média de colaboradores da América Latina.
"Após a reorganização do mercado corporativo, os profissionais esperam que a flexibilidade e a preocupação com o bem-estar já estejam enraizadas na cultura organizacional das empresas. Dessa forma, boa parte dos colaboradores pode enxergar as mudanças impostas em seus padrões de trabalho como perda de autonomia. Para gerenciar essa possível insatisfação, as companhias precisam comunicar claramente as expectativas sobre os modelos de trabalho e explicar o que motivou essa decisão, criando benefícios e assim gerando engajamento e fazendo com que as pessoas vejam sentido nos momentos em que passam no escritório – por exemplo, de interações pessoais, treinamentos e rituais de equipe", conclui Juliana.
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