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29/10/2020 - 16h44

44% das empresas não estão prontas para o futuro do trabalho, segundo pesquisa

Mais de 30% não medem o impacto dos programas de desenvolvimento de pessoas nos negócios

 

A despeito da consolidação do home office em decorrência da pandemia da Covid-19, pesquisa realizada pela FRST, edtech do Grupo Falconi, mostra que mais de quatro em cada dez empresas acreditam não ter preparo para enfrentar o futuro do trabalho. Mas uma boa parcela está se dedicando para reverter esse quadro, criando, nos últimos meses, cargos em novas áreas do conhecimento, como cientista de dados (52%), especialista em transformação digital (44%), especialista em inteligência artificial (IA) ou machine learning (40%) e especialista em big data (40%).

 

Esse novo ecossistema profissional requer novas habilidades dos profissionais, como as qualidades essencialmente humanas (human skills). A inteligência emocional, por exemplo, aparece como a principal competência desejada, seguida de liderança, capacidade de solucionar problemas complexos, de colaboração e de inovação. A pesquisa revela também a falta de flexibilidade cognitiva – que é a capacidade de "pensar fora da caixa".

 

Com isso, o principal desafio é encontrar profissionais com tais habilidades; 78% das empresas afirmaram que competências exigidas atualmente pelo mercado são totalmente diferentes das que eram exigidas há dez anos e que tornaram grandes organizações bem-sucedidas no passado.

 

"A capacidade técnica deixa de ser protagonista e o líder capaz de lidar com essa nova realidade é aquele que desenvolve e aperfeiçoa suas human skills. Além disso, ao criar uma cultura de aprendizado, as empresas implementam a mudança de mentalidade e as condições de desenvolvimento necessárias para se ter sucesso nos mais diversos cenários", afirma Juliana Scarpa, CEO da FRST.

 

Com isso, a grande maioria das empresas (88%) investe em programas para desenvolver seus profissionais. Entretanto, um terço ainda tem dificuldade em mensurar os resultados desses programas e os seus impactos no negócio. Para 29%, a maior dificuldade é conectar o aprendizado aos resultados e 20% destacam o desafio de aplicar esse conhecimento ao dia a dia de trabalho.

 

 

"O processo tradicional de aprendizagem na educação profissional ou executiva ainda é linear e, para desenvolver as novas habilidades profissionais, é preciso que o conhecimento esteja integrado à execução, ou seja, conectado ao problema que se quer resolver e ainda, que engaje o usuário, de modo a reduzir o abandono da jornada de aprendizado", explica Juliana. A pesquisa foi realizada com 50 grandes e médias empresas. Foram entrevistados altos executivo como presidentes, vice-presidentes, diretores e outros cargos de liderança equivalentes, assim como líderes de Recursos Humanos e de Gestão de Pessoas.

 

 

Imagem de abertura: Geralt/Pixabay