22/03/2023 - 18h12
Com 84% de mulheres na equipe, MOL implanta licença-menstrual remunerada
Benefício ainda não tem legislação aprovada no Brasil, mas já é realidade em países como Espanha e Japão
A menstruação ainda é tabu na sociedade e os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual) afetam 80% das mulheres brasileiras, de acordo com o Ministério da Saúde. No ambiente de trabalho, 81% das mulheres entrevistadas em pesquisa publicada na revista BMJ Journals, em 2019, disseram ser menos produtivas no período menstrual. É nesse contexto que o Grupo MOL, ecossistema de organizações dedicadas a acelerar a cultura de doação no Brasil, decidiu implementar o benefício de licença-menstrual remunerada. A empresa possui 55 funcionários, sendo 46 mulheres (83,6%),
A licença menstrual é um direito reconhecido em alguns países, como a Espanha, o primeiro país do ocidente a aprovar a medida. Embora ainda não haja uma legislação sobre o assunto no Brasil, algumas empresas já começaram a adotar esse benefício. Roberta Faria, cofundadora e CEO da MOL, salienta que "menstruação não é doença, mas sintomas graves de dor e desconforto merecem o mesmo tratamento que qualquer outro problema de saúde que impeça uma pessoa de realizar plenamente seu trabalho".
O benefício concedido passa a valer neste mês e dá o direito de até dois dias de licença mensais, sem necessidade de apresentar atestado médico.
Além disso, a MOL também estendeu a licença-maternidade: além dos 120 dias obrigatórios por lei e dos 30 dias extras que já oferecia, as mães passaram a ter direito a mais 60 dias de trabalho em meio período com pagamento integral, apoiando o momento de readaptação da volta à rotina.
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