Para empresas que buscam atrair jovens talentos, a Brasil Júnior, entidade responsável por coordenar o Movimento Empresa Júnior (MEJ) no país, realizou uma pesquisa com mais de 4 mil universitários que mostra o que realmente importa para quem está começando a carreira.

 

Segundo o levantamento, 52% priorizam cultura organizacional e ambiente de trabalho; 49% buscam oportunidades de aprendizado contínuo e 47% citam a coerência entre discurso e prática como fator decisivo. Já metas inatingíveis, controle excessivo e lideranças pouco acessíveis estão entre os principais motivos de saída.

 

“Hoje, o jovem está mais atento à empresa do que à vaga”, afirma Caio Leal, presidente da Brasil Júnior. De acordo com ele, a geração Z busca coerência entre discurso e prática, e valoriza espaços onde possa ser ouvida e construir algo com propósito.

 

Flexibilidade e escuta valem mais que plano de carreira

Mais do que estabilidade ou promoções, os jovens buscam sentido no trabalho e qualidade de vida. “Cultura organizacional é um dos pontos que mais impacta”, afirma Caio. Ambientes com autonomia, respeito e espaço para trocas têm mais chances de fidelizar talentos.

 

Apesar dos alertas, muitas empresas continuam reproduzindo estruturas engessadas e processos padronizados que não dialogam com a realidade dos jovens, de acordo com a análise da Brasil Júnior. “Às vezes a empresa quer parecer moderna no discurso, mas mantém processos arcaicos. Isso afasta”, aponta o presidente da Brasil Júnior.

 

Para ele, o desafio não é apenas contratar, mas criar experiências de trabalho coerentes com o que se promete desde o processo seletivo.