Notícia

Indicadores

03/07/2025 - 10h30

Requalificação profissional é prioridade para 90% dos brasileiros, aponta estudo

Levantamento da Randstad mostra as preferências dos talentos para tornar as empresas mais atrativas

 

 

Crescimento profissional, salário competitivo e um ambiente de trabalho agradável continuam sendo os principais fatores que definem as empresas mais atrativas para se trabalhar no Brasil, segundo nova edição do estudo Randstad Employer Brand. Em 2025, o estudo foi realizado em 34 países e, no Brasil, contou com a participação de 4.277 pessoas.

 

Aqui, os profissionais buscam um equilíbrio entre recompensas financeiras, oportunidades reais de desenvolvimento e um ambiente de trabalho humano e justo. Na sequência, aparecem equidade e gestão eficiente, reforçando que os talentos brasileiros valorizam mais do que boa remuneração: esperam reconhecimento, propósito e inclusão.

 

Isso reforça a percepção de que, mais do que benefícios ou salários altos, os profissionais hoje buscam propósito, oportunidades reais de desenvolvimento e um ambiente onde se sintam reconhecidos. “O estudo mostra que atrair talentos exige compreender essas prioridades — e retê-los depende de um compromisso genuíno com escuta, valorização e evolução contínua”, afirma Diogo Forghieri, diretor de Negócios da Randstad Professional e Randstad Enterprise.

 

A pesquisa também mostra que 69% dos profissionais brasileiros se sentem motivados atualmente e 63% afirmam estar mais engajados do que há um ano. A falta de reconhecimento é apontada como a segunda principal causa de desengajamento – e, quando presente, se torna um dos maiores fatores de motivação.

 

Para Diogo, os profissionais esperam uma experiência de trabalho completa, que una segurança, perspectiva de crescimento e respeito à individualidade. Na visão dele, esses pilares são inegociáveis para quem deseja atrair e manter os melhores talentos hoje.

 

A intenção de mudar de emprego caiu 3% em relação a 2024. No entanto, o número de pessoas que de fato mudaram permaneceu estável, mostrando que mesmo com menor intenção, as movimentações continuam acontecendo, especialmente entre os jovens.

 

A geração Z foi a que mais mudou de emprego no último ano (19%), seguida pelos baby boomers (6%). O principal motivo é a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, diferente das outras gerações que apontam a baixa remuneração como fator mais crítico para uma mudança.

 

Esse comportamento reforça a necessidade de os empregadores desenvolverem estratégias de retenção conectadas às demandas dos talentos, que buscam propósito, autonomia e bem-estar no ambiente de trabalho.

 

Ao mesmo tempo, a requalificação profissional segue sendo um dos pilares mais valorizados por 90% dos entrevistados. O desejo de desenvolvimento contínuo está fortemente presente, independentemente da idade.

 

TALENTOS ESTÃO MOTIVADOS, MAS FALTA RECONHECIMENTO

A falta de reconhecimento e valorização é a segunda principal causa de desengajamento e, quando presente, se torna um dos maiores impulsionadores da motivação para escolher outro empregador. Ou seja, ouvir, reconhecer e valorizar continuam sendo estratégias essenciais de retenção.

 

“As movimentações no mercado seguem firmes, especialmente entre os mais jovens, que buscam equilíbrio, propósito e desenvolvimento. O dado mais claro é que a retenção hoje passa por ouvir, reconhecer e oferecer caminhos reais de crescimento. Requalificação e valorização não são extras, são expectativas básicas dos talentos”, afirma Diogo.

 

 

 

 

Foto: Shutterstock