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Gestão de Pessoas

01/11/2022 - 19h15

40% dos RHs investem em humanização de processos, aponta levantamento

Entretanto, apenas 14% têm práticas personalizadas para gestão de pessoas

 

 

Um levantamento realizado pela Gupy, empresa de tecnologia para a área de Recursos Humanos, em parceria com a Ideafix, aponta que, embora 40% dos RHs estejam investindo em humanização de processos, somente 14% têm práticas personalizadas para gestão de pessoas. Um dado que reforça esse resultado é a afirmação de que quase metade dos entrevistados (48,98%) ainda usa e-mails padronizados para agradecer a participação de candidatos nos processos seletivos, sem feedback em relação ao seu desempenho.

 

Em contrapartida, adotar boas práticas de atração de talentos, em especial para melhorar a experiência das pessoas nos processos seletivos, é uma das principais tendências apontadas no levantamento e já faz parte da estratégia de muitas empresas: 46,95% dos RHs afirmaram já ter a prática de dar feedbacks personalizados para todos os que se inscreveram em suas vagas. Além disso, mais de 54% das empresas utilizam dados para a tomada de decisão nesse processo.

 

Quando se trata de diversidade no recrutamento, o cenário é menos otimista: apenas 28,86% têm metas de contratação de grupos minorizados, independentemente de função e cargo; e 26,63% têm metas limitadas por cargos ou por grupos de diversidade específicos. A maioria, 44,31%, não têm metas de contratação, o que mostra que diversidade ainda não é uma frente estratégica na maioria das companhias.

 

Como os RHs estão desenvolvendo pessoas

Entre as informações levantadas na pesquisa, que ouviu cerca de mil pessoas, práticas como ter um processo de onboarding estruturado para receber novos colaboradores e preparar a liderança para dar feedback e ser fonte de informação próxima e confiável alcançaram os maiores índices, com 84,49% e 76,12%, respectivamente.

 

Além disso, 73,27% dos RHs afirmaram ter avaliação de desempenho e feedbacks constantes, considerando aspectos técnicos e comportamentais, o que favorece o desenvolvimento profissional dos colaboradores.

 

Uma tendência identificada na pesquisa é a movimentação das empresas para estimular o aprendizado contínuo (lifelong learning) por meio da educação corporativa: 39,39% das empresas já definem trilhas de carreira e programas de desenvolvimento personalizados e 30,91% estão em processo de implantação.

Sobre treinamentos de habilidades comportamentais, 65,31% afirmaram oferecer oportunidades de desenvolvimento a todos os funcionários; 17,76% oferecem apenas para determinados cargos e funções.

 

“Ainda existe um enorme caminho a ser percorrido quando se trata de educação corporativa. O aprendizado contínuo dentro das empresas precisa ir além das trilhas personalizadas definidas para as pessoas colaboradoras se desenvolverem dentro de suas áreas; é preciso emponderá-las por meio da tecnologia para que escolham o que querem aprender a fim de que assumam as rédeas de suas carreiras. Isso possibilita, por exemplo, a transição de carreira dentro da própria empresa”, diz Guilherme Dias, Chief Marketing Product Officer e cofundador da Gupy.

 

Uma das áreas em que foi possível perceber maior atenção por parte das empresas foi a comunicação interna. Desde a disponibilização de canais para pessoas das diferentes áreas se comunicarem, até a comunicação de resultados de forma geral, as empresas estão se preocupando cada vez mais em manter um ambiente transparente e com maior facilidade de trocas.

 

Diante disso, uma das tendências identificadas é que as empresas estão caminhando para um processo de tomada de decisão que envolva os colaboradores. Segundo a pesquisa da Gupy, 69,51% dos entrevistados afirmaram que realizam pesquisas internas frequentemente e utilizam os dados para tomar decisões, enquanto 25% afirmaram que realizam pesquisas pontualmente com este fim. Além disso, 79,80% afirmaram comunicar os seus resultados a todos os colaboradores.

 

Foto: Freepik/@katemangostar