09/01/2020 - 10h49
Feedback acolhedor contribui na produtividade e no engajamento
Incerteza do colaborador pode ter consequências desastrosas, segundo especialista
A palavra feedback vem do inglês e representa a junção de feed (alimentar) e back (de volta), ou seja, dar feedback é o ato de realimentar, dar resposta a uma atitude ou comportamento. No mundo corporativo, essa prática é tida pelos colaboradores como a melhor forma de medição e avaliação de seu desempenho, entretanto, é comum encontrar empresas que perderam grandes profissionais pela simples falta de feedbacks. “A incerteza gera estresse e mal-estar desnecessário no ambiente de trabalho e em toda a equipe, que pode trazer consequências desastrosas para o resultado da empresa”, afirma Carol Manciola, sócia-diretora da Posiciona Educação e Desenvolvimento.
Ela garante que o feedback é importante mesmo quando tudo corre bem. “Meta atingida e resultados satisfatórios merecem elogios, as pessoas são vaidosas e necessitam saber que seu trabalho duro foi reconhecido. Feedbacks negativos são igualmente importantes, pois permitem que o colaborador compreenda onde está a sua falha e consiga revertê-la em tempo hábil.”
Em seu livro Bora Bater Meta, Carol faz algumas provocações sobre esse assunto e compartilha um jeito mais humano de dar feedback. Segundo ela, criar um ambiente de confiança amplia a frequência e a intensidade dos feedbacks. “Se compreendo que estou sendo sinalizado ou orientado a fazer diferente porque o outro quer o meu bem, fico mais disposta a me arriscar e a me expor. Quanto mais me exponho, mais feedback posso receber e mais rápido posso fazer as correções necessárias à minha evolução”.
A seguir, Carol da dicas sobre feedback humanizado:
Primeiro passo – Checar a Consciência
O colaborador tem consciência da situação? Se sim, vá para a próxima etapa. Se não, torne consciente a ação relatando o fato observado.
Segundo passo – Checar a compreensão do impacto
O colaborador reconhece o impacto que o fato tem? Se sim, vá para a próxima etapa. Se não, discutam juntos os possíveis impactos causados pelo comportamento, exercitando a empatia.
Terceiro passo - Educação
O colaborador sabe como fazer diferente? Se sim, avaliem juntos se o jeito adotado é o melhor diante da expectativa de resultados. Se não, oriente a pessoa sobre como fazer diferente. E observe. Reconheça se ela agiu corretamente. Se não, reinicie o processo.
Por final, agradeça, observe, disponibilize-se, empodere e gere compromissos. “Costumo dizer que a história de alguém é importante, mas os resultados conquistados por meio de suas atitudes é ainda mais. Observar padrões de comportamento é a melhor maneira de entender se a maneira de fazer algo é adequada ou não”, finaliza a especialista.
Imagem: Geralt/Pixabay