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Mercado de Trabalho

12/11/2019 - 16h07

Pesquisa aponta que 65% dos desempregados estão nessa situação há mais de um ano

Estudo encomendado pela Alelo à Ipsos mostra que quase 40% foram demitidos por corte de pessoal

 

 

Para entender um pouco mais o perfil dos mais de 12,5 milhões de desempregados no Brasil, a Alelo encomendou ao Instituto Ipsos a pesquisa Hábitos de Trabalho, na qual foram ouvidas 468 pessoas sem emprego de todas as regiões do Brasil, sendo, desse total, 43% homens e 57% mulheres.

 

A maioria dos entrevistados, 65%, está sem trabalho há mais de um ano. Para se manter, quase metade dos desempregados afirmou fazer trabalhos paralelos sem vínculo empregatício. As áreas de atuação são bastante pulverizadas, como serviços de limpeza de casa, revendedor de produtos por catálogos, venda de artesanatos, doces, e salgados e serviços domésticos em geral como manutenção, pintura e elétrica foram algumas das opções citadas.

 

Os desempregados, em geral, afirmaram estar dispostos a mudar de área nos próximos cinco anos. Alguns acreditam que estarão trabalhando numa empresa pequena e para 42% empreender será o caminho.

 

Quando perguntados sobre os motivos que levaram a sair do último emprego, 39% foram demitidos por corte de pessoal e 20% pediram demissão por motivos pessoais. Insatisfação com o ambiente ou falta de reconhecimento profissional também foram motivos citados pelos entrevistados. No recorte por gênero, a demissão por corte de pessoas foi o mais citado por homens (50%) e saída por motivos pessoais, mais comentado por mulheres (25%).

 

Os mais velhos, entre 55 e 65 anos, estão sem emprego há mais tempo. Desse público mais velho, 49% procuram uma nova ocupação há mais de 5 anos e 31%, entre 2 e 5 anos.

 

“A busca por uma nova recolocação é recorrente para 76% do total dos desempregados ouvidos na pesquisa, mas essa procura diminui conforme a idade aumenta. O levantamento mostrou que das pessoas com idades entre 55 e 65 anos, 56% deles não estão à procura de uma nova ocupação”, destaca André Turquetto, diretor de Marketing e Produtos da Alelo.

 

O estudo retrata que a maioria dos desempregados vem de empresas tradicionais brasileiras de diferentes setores, áreas e portes. Desses, 16% são ex-funcionários de empresas com mais de mil funcionários.

 

As dificuldades para voltar ao mercado são várias e diferem um pouco de acordo com a idade dos entrevistados. A falta de vagas foi citada por 36% dos pesquisados, sendo um fator mencionado principalmente por pessoas mais jovens e homens. Em segundo lugar (28%), a faixa etária mostrou-se como um empecilho aos mais velhos.

 

Imagem: Geralt/Pixabay