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19/01/2017 - 15h00

10 dicas para começar 2017 com o pé direito nas finanças

Por Dirlene Costa*

 

O ano de 2016 foi um período difícil para muitos brasileiros: com os altos índices de desemprego e inflação, reduzir gastos e manter as contas em dia não foram tarefas simples. Tanto para quem se empolgou nos gastos e ultrapassou os limites do próprio salário, quanto àqueles que acumularam dívidas por conta de demissões, uma palavra é a chave para um ano com mais sustentabilidade, equilíbrio e saúde financeira: organização.

 

Como é possível organizar-se, na prática? Por onde se deve começar? Primeiramente, recomenda-se a identificação das despesas realizadas durante o mês e sua classificação em três categorias: gastos que devem ser mantidos; despesas que necessitam de redução; e custos a serem eliminados.

 

Depois dessa tarefa, consumidores de todas as faixas de renda podem garantir muitos benefícios para o próprio perfil financeiro. Veja dez atitudes fundamentais a serem seguidas após a fase de "classificação" das despesas:

 

1) Mude de gastador para investidor. Invista somente em comprar o que realmente precisa e que vai levá-lo a um propósito de mais realização.

 

2) Caso esteja com dívidas, não se desespere, apenas se responsabilize. Parece difícil, mas assim como elas foram criadas, podem ser solucionadas ao longo do tempo.

 

3) Coloque as dívidas em ordem de prioridade. A organização pode variar: da mais cara para a mais barata, ou da mais fácil de pagar para mais difícil, por exemplo. O importante é ter em mente que, à medida que paga uma dívida, a autoestima tende a melhorar e, com isso, a motivação para continuar liquidando débitos também cresce.

 

4) Negocie com seus credores. Se não é possível pagar a dívida completa de uma só vez, converse com seus credores para averiguar um valor a ser pago mensalmente. Dessa forma, é possível evitar o acúmulo ainda maior de juros e o efeito "bola de neve" sobre as dívidas atuais.

 

5) Afaste-se de créditos que o deixam ainda mais endividado. Empréstimos, cheque especial e cartão de crédito parecem excelentes alternativas quando o salário acaba, mas os altos juros que exigem não colaboram em nada quando o assunto é redução de dívidas, uma vez que o "pagamento mínimo" de faturas ou até mesmo a realização de gastos maiores do que o próprio salário são facilmente atingidos – colaborando para aumentar ainda mais o volume de dívidas.

 

6) Avalie o que você já possui. Compradores compulsivos geralmente gastam montantes abusivos em itens que são facilmente esquecidos instantes após a compra. Para não cair nessa armadilha, organize tudo o que é prioridade no seu dia a dia e avalie o que realmente é necessário adquirir.

 

7) Identifique novas oportunidades de gerar receita. Desde a venda de artigos usados até a busca por novas oportunidades de emprego, é fundamental estar atento às novas chances que podem surgir para conseguir fazer o dinheiro durar até o final do mês. Negociar descontos e condições especiais de pagamento também é uma ótima oportunidade nesse caminho.

 

8) Cuide do seu crédito para não voltar a se endividar. Depois de saldar as dívidas, continue mantendo a casa em ordem para não perder de vista o limite de gastos. Tenha sempre em mente que seu crédito é seu patrimônio.

 

9) Faça seu dinheiro trabalhar por você. Depois de saldar as dívidas, tenha sempre em mente um valor fixo a ser aplicado em algum tipo de investimento. Nesse caminho, a periodicidade é mais importante do que a quantidade: mesmo que pareça insignificante investir com retornos que muitas vezes não passam de centavos, não perca o foco e continue guardando seu patrimônio.

 

10) Tenha disciplina e foco até alcançar o objetivo de gastar menos do que ganha. A principal estratégia não está em quanto se ganha, mesmo diante de crises. E sim encontrar o equilíbrio entre o que se ganha, investe e se gasta.

 

*Dirlene Costa é vice-presidente Administrativo-Financeiro na MultiCrédito