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Inovação para RH

16/12/2018 - 09h00

Máquina x humano: vantagens e desvantagens da automatização de processos seletivos

Desde recomendar o trabalho ideal para a pessoa certa, a evitar os preconceitos humanos na avaliação de candidatos, a automação está mudando todo o processo seletivo de funcionários. Dados do comportamento de procura por emprego, milhões de currículos e outras fontes são usados para treinar algoritmos a prever quais trabalhos são os mais adequados para cada pessoa, personalizar os resultados de busca, e proteger os candidatos de atividades redundantes e fraudulentas na procura por emprego.
 
O Indeed, site de empregos número um no mundo, reuniu em um evento em São Paulo, CEOs, vice-presidentes e diretores de Recursos Humanos de algumas das maiores empresas brasileiras para discutir sobre suas experiências e perspectivas em relação à automatização de processos seletivos. O resultado foram alguns insights sobre os benefícios e desafios da automatização.
 
Entre as principais vantagens de modelos automatizados discutidas está a escalabilidade, pois permite aumentar a capacidade do time de seleção sem necessariamente aumentar a quantidade de pessoas. A precisão e imparcialidade, graças aos critérios lógicos dos algoritmos também podem beneficiar o processo. Por outro lado, há um risco de se perder a subjetividade e empatia necessários em um processo seletivo. Ao contrário dos seres humanos, máquinas não conseguem responder perguntas como, por quê?
 
Outro desafio é o fato de muita gente ainda ter dificuldades em confiar nos robôs. De acordo com uma pesquisa feita pelo Pew Research Center, apenas 22% das pessoas aceitariam entrar em um processo seletivo para emprego feito de maneira totalmente automatizada.
 
“Encontrar o ponto de equilíbrio entre humano e inteligência artificial é, sem dúvida, a chave para a construção de modelos de sucesso. O que buscamos no Magazine Luiza é liberar, através da tecnologia, o tempo de nosso time de Recrutamento e Seleção para que se dediquem ao que não pode ser substituído por uma máquina: análise comportamental em etapas presenciais”, comenta Patrícia Pugas, diretora de RH do Magazine Luiza, empresa que trabalha com o Indeed no Brasil e participou do evento organizado pelo site de empregos.
 
“As etapas decisivas no processo seletivo sempre terão um lugar para os humanos. Ninguém compra uma casa depois de ver um anúncio na internet. Possíveis compradores precisam visitar o imóvel antes de tomar qualquer decisão. A mesma lógica se aplica à escolha de um emprego ou de um candidato”, acredita Felipe Calbucci, Country Manager do Indeed no Brasil.