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25/09/2023 - 11h17

Maioria das pessoas em todo o mundo tem relação pouco saudável com o trabalho, segundo pesquisa da HP

Líderes reconhecem importância da inteligência emocional, mas funcionários não a veem o suficiente

 

 

A HP Inc. divulgou descobertas inéditas de seu primeiro Índice HP de Relacionamento com o Trabalho, estudo que explora o relacionamento dos funcionários com o trabalho em todo o mundo. O estudo, que teve mais de 15.600 entrevistados de vários setores em 12 países – Brasil, Estados Unidos, França, Índia, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Austrália, Japão, México, Canadá e Indonésia –, revela que o relacionamento do mundo com o trabalho está em um ponto de ruptura - e seus efeitos são generalizados.

 

 “Como líderes, devemos sempre rejeitar a falsa escolha entre produtividade e felicidade. As empresas mais bem-sucedidas são construídas com culturas que permitem aos funcionários se destacarem em suas carreiras e, ao mesmo tempo, prosperarem fora do trabalho”, analisa Enrique Lores, presidente e CEO da HP Inc.

 

O estudo analisou mais de 50 aspectos das relações das pessoas com o trabalho, incluindo o papel em suas vidas, as suas competências, habilidades, ferramentas e espaços laborais, e as suas expectativas de liderança, além de examinar o impacto do trabalho no bem-estar, produtividade, engajamento e cultura dos funcionários. Através disso, a HP desenvolveu o seu Índice de Relacionamento com o Trabalho, uma medida da relação mundial com o emprego a ser monitorada ao longo do tempo. Constatou-se que apenas 27% dos trabalhadores do conhecimento têm uma relação saudável com suas ocupações.

 

No estudo inédito, a HP consultou líderes de negócios, tomadores de decisão de TI e profissionais do conhecimento para obter insights sobre os fatores que impulsionam um trabalho significativo, produtivo e com propósito. As descobertas destacam os impactos negativos que uma relação pouco saudável com o trabalho tem na vida de um funcionário e nos negócios de um empregador.

 

Quando os funcionários não estão satisfeitos com seu relacionamento com o trabalho, os negócios são prejudicados nos seguintes aspectos:

 

Moral e engajamento

Os trabalhadores do conhecimento relatam menos produtividade (34%), mais desinteresse no trabalho (39%) e maior sensação de desconexão (38%).

 

Retenção

Mesmo quando os funcionários se sentem neutros em relação ao seu relacionamento com o trabalho, mais de 71% consideram a possibilidade de deixar a empresa. Quando eles não estão satisfeitos, esse número sobe para 91%.

 

Quanto aos funcionários, os relacionamentos não saudáveis com o trabalho podem afetar o bem-estar:

 

Mental

Mais da metade (55%) desses funcionários tem dificuldades com sua autoestima e saúde mental, relatando baixa autoestima e sentindo que são um fracasso.

 

Emocional

Dos pesquisados, 45% observaram que seus relacionamentos pessoais com amigos e familiares são prejudicados e mais da metade (59%) se sente muito esgotada para perseguir suas paixões pessoais.

 

Físico

A saúde mental e emocional pode dificultar a manutenção do bem-estar físico. 62% dos funcionários relatam problemas para manter uma alimentação saudável, fazer exercícios e dormir o suficiente.

 

 

FATORES DETERMINANTES DE UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL

As expectativas dos funcionários em relação ao emprego mudaram significativamente, principalmente nos últimos dois anos, de acordo com quase 60% dos entrevistados; 57% observaram que suas expectativas sobre como são tratados no expediente e no local de trabalho também aumentaram.

 

A pesquisa examinou mais de 50 fatores que contribuem para um relacionamento saudável com o trabalho, identificando os seis que representam áreas de foco críticas – e imperativos fundamentais – para os líderes empresariais e compõem o Índice que será monitorado ao longo do tempo.

 

Satisfação: Os funcionários anseiam por propósito, capacitação e conexão genuína com seu trabalho, mas apenas 29% dos trabalhadores do conhecimento atualmente vivenciam esses aspectos de forma consistente. Para se adaptarem à evolução das expectativas da força laboral, as empresas devem priorizar a satisfação dos funcionários por meio de mais voz e ações.

 

Liderança: Novas formas de trabalhar exigem novos estilos de liderança, de acordo com 68% dos líderes; no entanto, apenas um em cada cinco trabalhadores sente que houve evolução nesse sentido. Cultivar a inteligência emocional e a liderança transparente e empática é crucial para o trabalho atual.

 

Foco nas pessoas: Apenas 25% dos profissionais do conhecimento recebem consistentemente o respeito e o valor que acham que merecem, e um número ainda menor está experimentando a flexibilidade, a autonomia e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional que procuram. Para resolver esse problema, os líderes devem enfatizar visivelmente a importância de colocar as pessoas em primeiro lugar e colocar suas equipes no centro da tomada de decisões.

 

Habilidades: Embora 70% dos trabalhadores do conhecimento valorizem habilidades técnicas, apenas 31% se sentem consistentemente confiantes em sua proficiência. As empresas que adotam as "melhores práticas" têm a oportunidade de obter uma vantagem vital no desenvolvimento de habilidades e no envolvimento dos funcionários investindo em treinamento e suporte.

 

Ferramentas: Os trabalhadores de hoje querem opinar sobre a tecnologia e as ferramentas que seus empregadores fornecem - e querem que essa tecnologia seja inclusiva. No entanto, a confiança de que as empresas implementarão as ferramentas certas para dar suporte ao trabalho híbrido é baixa, com apenas 25%. O portfólio de tecnologia não é mais apenas um utilitário, mas um importante impulsionador do envolvimento dos funcionários, bem como da conexão e da capacitação.

 

Espaço de trabalho: Os trabalhadores do conhecimento querem uma experiência perfeita à medida que se deslocam entre os locais de trabalho - além da escolha de onde trabalhar todos os dias. Espaços híbridos eficazes, transições fáceis, flexibilidade e autonomia serão fundamentais para demonstrar confiança nos funcionários e promover uma experiência laboral positiva.

 

CONFIANÇA E CONEXÃO EMOCIONAL

O Índice de Relações com o Trabalho mostra que este é um momento crucial para redefinir as relações do mundo com o trabalho. Maior confiança e conexão emocional foram temas fortes e recorrentes nos seis principais fatores.

 

Quase três em cada quatro líderes empresariais reconhecem que ser emocionalmente inteligente é a única maneira de ser bem-sucedido no futuro. De forma significativa, o estudo descobriu que a inteligência emocional – e o aumento da confiança – têm um peso considerável: 83% dos funcionários dizem que estão dispostos a ganhar menos dinheiro para encontrar um empregador que valorize esses fatores.

 

Cultura organizacional forte: Os profissionais do conhecimento aceitariam uma redução de 11% no salário para trabalhar em um local com liderança empática e emocionalmente inteligente, além de engajamento e satisfação dos funcionários acima da média.

 

Flexibilidade: O mesmo grupo renunciaria a 13% de seu salário por um emprego em um lugar que lhes permitisse trabalhar onde ou quando quisessem.

 

 

 

Foto: Shutterstock