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18/11/2022 - 10h18

Oferecer melhores salários e benefícios para reter talentos é a principal preocupação de 45% dos RHs

Estudo da fintech Onze ouviu mais de 3 mil RHs para mapear principais dores e motivações do setor

 

Os maiores desafios hoje do setor de recursos humanos estão direta ou indiretamente relacionados à retenção de talentos e consequente redução das taxas de turnover nas empresas. Isso é o que mostra a pesquisa Dores de RH, realizada pela fintech Onze, com apoio da Feedz e Conquer in Company. O estudo ouviu 3.036 profissionais da área em todo o Brasil e buscou traçar um mapa completo do setor, coletando informações como: foco de atuação no time de recursos humanos, tempo de carreira, motivações e principais desafios na rotina de RH.

 

Perguntados sobre quais desafios enfrentam hoje, 45% responderam que a maior dificuldade está em melhorar salários e pacote de benefícios. Em seguida, aparece a redução do turnover e retenção de talentos, indicados por 40% dos entrevistados, e o clima e cultura organizacional engessada, citados por 31% dos profissionais.

 

Quando o assunto é especificamente budget de RH, a contratação de softwares e ferramentas e a aprovação de novos projetos aparecem em segundo e terceiro lugar, com 39% e 38% das respostas, atrás apenas da contratação de novos benefícios.

 

O estudo também perguntou aos profissionais que trabalham especificamente com recrutamento e seleção quais são as suas maiores dificuldades para reter talentos. Para 52% dos entrevistados, a empecilho é não poderem oferecer salários competitivos, principalmente para concorrer com salários em dólar e euro. Já 48% apontaram a oferta de um pacote de benefícios adequado e atrativo. Em terceiro lugar, com 44% das respostas, vem a cultura e o clima da empresa.

 

Outro desafio que mudou a dinâmica das empresas nos últimos anos foi a implementação e consolidação dos trabalhos em modelo home office, também mapeado pela pesquisa. Para 48% dos profissionais de RH ouvidos pelo estudo, o principal desafio da modalidade é garantir uma boa comunicação entre os times. Em seguida, aparece a dificuldade em fazer com que os colaboradores remotos sintam-se integrados à empresa, com 46% das respostas. Garantir e monitorar a produtividade dos trabalhadores à distância aparece em terceiro lugar na lista de dores, com 35% dos entrevistados.

 

O QUE MOVE O RH?

Além dos desafios, a pesquisa buscou entender o que motiva esses profissionais a trabalharem no setor. Dos entrevistados, 65% dizem querer impactar positivamente a vida das pessoas; 61% são motivados pelo interesse pelo desenvolvimento humano; 46% responderam que a motivação é cuidar do bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores e 45% querem construir um mercado de trabalho mais inclusivo e humano.

 

"O que observamos aqui é que, por conta da pandemia e de seus impactos na vida profissional e pessoal dos brasileiros, os colaboradores passaram a valorizar mais benefícios que zelam pelo bem-estar físico, mental e financeiro. E essas demandas chegaram ao RH, se tornando também a principal preocupação do setor”, diz Antonio Rocha, CEO e cofundador da Onze.

 

 

Foto: Freepik/@drobotdean