24/03/2021 - 11h46
Microsoft divulga seu primeiro Índice de Tendências do Trabalho
Levantamento aponta as sete tendências urgentes para os líderes
A Microsoft divulgou as descobertas de seu primeiro ano do Índice de Tendências do Trabalho. O relatório The Next Great Disruption is Hybrid Work – Are We Ready? descreve os resultados de um estudo com mais de 30 mil pessoas em 31 países, inclui perspectivas de especialistas que estudam questões como a colaboração, o capital social e o design espacial no trabalho por décadas e traz sete tendências do trabalho híbrido que líderes de negócios precisam conhecer na nova era de trabalho.
De acordo com o relatório, os líderes devem resistir à necessidade de ver o trabalho híbrido da mesma forma que o trabalho tradicional. De forma direta: eles precisam reformular antigas suposições. "As escolhas que você faz hoje afetarão sua organização nos anos seguintes. É um momento que requer visão clara e uma mentalidade de crescimento", avalia Jared Spataro, vice-presidente corporativo do Microsoft 365.
Para ele, essas decisões impactarão em todos os sentidos, desde como é moldada a cultura da organização até como se dá a atração e retenção de talentos e como é possível promover melhor a colaboração e inovação.
As descobertas sugerem que o último ano mudou fundamentalmente a natureza do trabalho. Uma dessas mudanças é que o tempo gasto em reuniões mais do que dobrou globalmente e mais de 40 bilhões de e-mails foram entregues no mês de fevereiro deste ano em comparação com o anterior.
Além disso, o trabalho tornou-se mais humano. Quase 40% dos pesquisados disseram se sentir mais confortáveis trazendo um “eu completo” para o trabalho do que antes da pandemia, com um em cada seis relatando que chorou junto com um colega neste ano.
As descobertas também mostram que estamos à beira de uma disrupção no local de trabalho:
- 73% dos trabalhadores querem que as opções flexíveis de trabalho remoto permaneçam no pós-pandemia.
- Os anúncios de trabalhos remotos no LinkedIn aumentaram mais de cinco vezes durante a pandemia.
- Mais de 40% da força de trabalho global está considerando deixar seu empregador neste ano e 46% estão planejando se mudar agora que podem trabalhar remotamente.
AMÉRICA LATINA
O estudo global incluiu pesquisas de quatro países latino-americanos – México, Brasil, Colômbia e Argentina – e mostrou que, nesses casos, os trabalhadores remotos tendem a se sentir menos exaustos: 31% dos trabalhadores na América Latina sentem-se exaustos (a média global de 39%) e 42%, sobrecarregados (a média global é de 54%).
Outros destaques dos profissionais da região são que eles:
- Sentem mais liberdade para serem eles mesmos: 54% dos trabalhadores remotos na América Latina sentem-se mais propensos a serem eles mesmos no trabalho hoje em comparação com o ano passado (a média global é de 44%).
- Estão mais isolados socialmente no trabalho: 49% dos trabalhadores na América Latina dizem que suas interações com colegas de trabalho diminuíram (em comparação com a média global de 40%).
- Estão mais propensos a considerar uma mudança de empregador: 53% dos trabalhadores na América Latina estão considerando uma mudança de carreira esse ano (contra a média global de 46%).
Em suma, a questão do trabalho flexível impactará diretamente em quem ficará, quem sairá e quem entrará em uma empresa.
AS 7 TENDÊNCIAS
O relatório revela sete tendências do trabalho híbrido que todo líder de negócios precisa saber ao entrar nesta nova era de trabalho:
- O trabalho flexível veio para ficar.
- Os líderes estão fora de contato com os funcionários e precisam perceber isso.
- A alta produtividade está mascarando uma força de trabalho esgotada.
- A Geração Z está em risco e precisa ser reenergizada.
- Redes contraídas estão colocando em risco a inovação.
- A autenticidade estimulará a produtividade e o bem-estar.
- O talento está em todo lugar em um mundo de trabalho híbrido.
Além de descobrir o que está em jogo no futuro do trabalho, o Índice de Tendências do Trabalho identifica cinco estratégias que podem ajudar líderes empresariais a iniciarem as mudanças necessárias:
- Crie um plano para capacitar as pessoas para extrema flexibilidade.
- Invista em espaço e tecnologia para fazer a ponte entre os mundos físico e digital.
- Combata a exaustão digital desde o início.
- Priorize a reconstrução do capital social e da cultura.
- Repense a experiência dos funcionários para competir pelos melhores e mais diversificados talentos.
"Durante esta pandemia, observamos uma rápida aceleração de certas tendências pré-Covid. Mas talvez uma das tendências mais empolgantes seja esse aumento no trabalho remoto. Conforme a oportunidade é democratizada com o trabalho remoto e o movimento de talentos, veremos uma disseminação de habilidades em todo o país, e este é o momento para os líderes empresariais aproveitarem a oportunidade e acessar diferentes habilidades e talentos que não estavam disponíveis anteriormente para eles", diz Karin Kimbrough, economista-chefe do LinkedIn.