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Comportamento

16/06/2025 - 14h24

Mais desconectados: 67% dos brasileiros reduziram o uso de redes sociais em busca de bem-estar

Quase metade percebeu melhora na saúde mental e mais tempo para lazer após diminuir o uso

 

Uma pesquisa recente realizada pela empresa de benefícios Pluxee mostra uma tendência crescente entre os brasileiros: a desconexão intencional das redes sociais. O estudo, que ouviu mais de 2.900 consumidores, aponta que 67% já reduziram o tempo de uso ou desativaram suas contas, motivados principalmente pela percepção de perda de tempo (68,6%) e pela sensação de ansiedade e estresse provocada pelo conteúdo online (20,8%).

 

Essa mudança de comportamento tem sido especialmente adotada por pessoas entre 35 e 44 anos — faixa etária que representa a maior parte da amostra (32%) —, seguidas por adultos de 25 a 34 anos e de 45 a 54 anos, ambos com 24%. O uso mais consciente das plataformas reflete uma valorização crescente do bem-estar e da saúde psicológica: 43% dos participantes relatam que passaram a ter mais tempo para hobbies e lazer, enquanto 37% afirmam melhora na saúde mental e emocional após a redução do uso das redes.

 

Os dados também destacam que essa desconexão não significa um isolamento, mas uma busca por reconexões reais. Após reduzirem o tempo nas redes sociais, os participantes passaram a investir mais em atividades offline, como a prática de exercícios físicos (46,6%), passeios e viagens curtas (30,8%) e encontros com amigos (23,4%).

 

A análise revela que a desconexão das redes sociais não é apenas uma tendência passageira, mas sim um comportamento que está se consolidando entre os brasileiros. Com 82% dos respondentes passando no máximo duas horas por dia nas redes sociais, e mais da metade (56%) limitando esse tempo a até uma hora, fica evidente a busca por equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real. Redes como Facebook, Instagram e TikTok são as mais citadas entre as que vêm sendo reduzidas ou desativadas, indicando uma mudança de prioridades rumo a atividades offline mais significativas.

 

Também de acordo com o levantamento, mais da metade dos participantes (56%) pretende reduzir ainda mais o tempo de uso ou até deixar as redes sociais no futuro.

 

"Essa pesquisa confirma o que temos observado no dia a dia das organizações: as pessoas estão cada vez mais conscientes do impacto da hiperconexão em sua qualidade de vida. Não se trata apenas de reduzir o tempo nas redes, mas de um movimento mais amplo de reconexão com o que realmente importa — saúde mental, bem-estar e relações reais. Quando 43,5% dos entrevistados reconhecem que o uso excessivo das redes afeta sua produtividade, estamos diante de um alerta importante para empresas e lideranças. Esse novo olhar abre espaço para repensarmos a forma como trabalhamos, nos relacionamos e cuidamos das pessoas dentro e fora do ambiente corporativo", afirma Fabiana Galetol, diretora executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee.

 

 

Foto: IA/Gemini