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15/06/2021 - 11h39

Tudo junto e misturado, tod&s conectados na era da diversidade – Inclusão geracional é tema para tod&s

A executiva de RH Ana Lucia Caltabiano fala de D&I e do propósito da Liga Labora

 

 

Por Ana Lucia Caltabiano*

 

Nos últimos anos, o tema da diversidade saiu dos espaços onde somente empresas mais atentas ao seu desempenho em áreas dedicadas às pessoas discutiam o assunto – uma atividade relativamente bem-vista, mas até então com pouco impacto real no dia a dia corporativo –, para ganhar protagonismo dentro de todas as grandes empresas.

 

Quem havia adquirido o hábito de considerar o questionamento que emergia com força na pauta global, aprofundou sua atuação, experimentou inovar e aplicou os aprendizados, o que resultou em indicadores de gente que mostravam progressos: maior número de mulheres em quadros de liderança, engajamento de grupos minoritários e empregados com voz e empoderados para promover a contínua evolução do tema através de participação ativa em grupos de afinidade.

 

Recentemente, temos visto que esse novo espaço dado à diversidade nada mais é do que um reflexo de nossa evolução como sociedade. Basta sair na rua, tirando os olhos da tela do celular e olhando para os lados, para vermos pessoas que demonstram o quanto podemos ser diferentes e, ao mesmo tempo, iguais. Tudo junto e misturado, todos conectados.

 

Falar sobre diversidade em publicação de RH não seria inédito pela atenção que dedicam aos detalhes do universo em que está inserida. Por isso, proponho aqui uma reflexão sobre o que estamos fazendo para dar nossa contribuição pessoal para tornar o mundo um lugar um pouco melhor, mais harmônico e justo. Nessa tarefa, conto a experiência com a Liga Labora. Juntos, ousamos avançar um pouco mais em causa que reputamos relevante para uma vida gratificante.

 

Em 2020, entre colegas de RH, comentávamos como estava desafiador o ambiente, os impactos da pandemia, as incertezas e a importância de cuidarmos de nossos colaboradores e colegas em um momento tão complexo.

 

Identificamos uma necessidade de querer contribuir, na “pessoa física”, em frentes que fossem promover mudança positiva na sociedade. Escolhemos atuar para aumentar as oportunidades de geração de renda entre os profissionais com 50+ anos. Pessoas que vivenciam momentos únicos de vida, redirecionando suas carreiras, sonhos e aspirações.

 

Julgamos que a melhor forma de fazê-lo seria através da associação com pessoas que tivessem o mesmo objetivo, e assim nasceu a Liga Labora, em parceria com a Labora, cujo líder, o Sérgio Serapião, vêm estudando profundamente o tema e fazendo um trabalho pioneiro para apoiar a inclusão já há alguns anos. Somos 15 profissionais de RH que, de forma voluntária, nos associamos para unir forças.

 

Temos o objetivo de alcançar 100 mil oportunidades de geração de renda para o público 50+ até 2022. Com isso pretendemos acelerar a inclusão geracional no nosso país e, para tal, arregaçamos as mangas trabalhando em diversas frentes.

 

Tem sido uma jornada desafiadora, com muito esforço para aumentar a visibilidade do tema da inclusão geracional, oferecemos mentorias, empoderamento, acolhimento e atualização digital, para aqueles que se juntaram à Labora.

 

O trabalho não para por aí. Sabemos que é complexo e avançamos atuando também em parceria com a FIA, na busca de formar profissionais interessados em conhecer melhor o tema e, dessa forma, sustentar ações de diversidade geracional atuando como multiplicadores da causa. Como não poderia deixar de ser, trouxemos o assunto para as redes sociais e profissionais em que circulamos. Dessa maneira, temos consciência de que aumentamos a visibilidade abordando as vantagens da incorporação dos profissionais 50+.

 

Pessoalmente, confesso que meu objetivo secreto é deixar a “invisibilidade” somente para as traquitanas dos super-heróis no cinema.

 

 

*Ana Lucia Caltabiano é executiva de RH para América Latina da GE e embaixadora da Liga Labora pela inclusão geracional

 

Foto de abertura: Marcio Bruno