Por Erica Resende - Jornalista

 

 

 

A estratégia é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer empresa. Mas, como definir e executar novas estratégias de crescimento em um ambiente com tantas mudanças econômicas, políticas, demográficas e digitais? Esse é um desafio para os CEOs que, diante de tantas transformações, precisam constantemente reavaliar a estratégia de suas organizações. Para isso, os executivos devem considerar riscos, identificar oportunidades e saber alocar recursos para enfrentar eventuais dificuldades de mercado.

 

Além disso, tão importante quanto o planejamento estratégico é o processo de execução. Segundo especialistas, muitas empresas falham na execução da estratégia e isso acontece devido a vários motivos, como falta de conhecimento e compreensão do plano de ação, problemas financeiros ou mesmo o despreparo da liderança.

 

Ademais, as necessidades dos clientes e as novas tecnologias devem estar no centro das atenções dos CEOs. As mudanças tecnológicas podem criar oportunidades de negócios, alterar a produção de produtos e impactar diretamente nas preferências dos consumidores. Além disso, é fundamental ter uma avaliação realista dos recursos internos (financeiros, tecnológicos e humanos) para determinar quais objetivos podem ser alcançados.

 

Segundo Paul Ferreira, professor de Estratégia e Liderança na FGV - EAESP, para saber se a organização está preparada, os CEOs precisam fazer algumas perguntas, como: Estamos atentos aos sinais de mercado para modificar a estratégia? Conseguimos capturar e interpretar as mudanças? Qual a habilidade da alta liderança em mobilizar os recursos críticos (pessoal, financeiro, processos) da minha organização para executar esse trabalho?

 

O professor explica que a alta liderança é responsável pela formulação e execução da estratégia. Mas, obviamente, para alcançar os objetivos desejados é preciso envolver todas as áreas e times. “O desafio é envolver o máximo de colabores e fazer com que essas pessoas entendam o papel delas na execução da estratégia e na criação de valor a longo prazo.”

 

Paul diz que o módulo Gestão Baseada em Evidências faz parte do programa C-Level, realizado pelo FGV In Company, e conta com a aplicação de casos práticos e compartilhamento de experiências reais. Durante uma semana, os participantes mergulham nas diversas dimensões da estratégia, que vão desde os princípios básicos aos desafios.

 

“Olhamos para o contexto e como navegar nesse ambiente cada vez mais complexo e ambíguo. Nós trabalhamos a criação de valor e falamos sobre crescimento orgânico com base na inovação, e sobre o inorgânico que acontece nas operações de fusões e aquisições”, explica.

 

De acordo com o professor, há também um olhar para a execução da estratégia que envolve o papel da agilidade das equipes para operar em ambientes mais digitais. O ponto alto do programa acontece durante as simulações de cases que são trabalhados pelos participantes. “Utilizamos um framework para pesquisar e analisar a viabilidade de oportunidades e elaborar melhores decisões no contexto da inovação e empreendedorismo”.

 

O objetivo é que os executivos sejam capazes de definir seu propósito e traduzi-lo em ação colocando-o no cerne de sua estratégia. “No final das contas, a estratégia é o que explica as diferenças de desempenho econômico entre organizações, e os líderes através de suas decisões são grandes impulsionadores deste processo”, conclui Paul.

 

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Foto: Divulgação/FGV