10/09/2019 - 17h39
Pesquisa inédita revela como as empresas estão implantando inovação no setor de RH
31% das companhias entrevistadas ainda não possuem ação prática efetiva
Uma pesquisa inédita realizada pelo Liga Insights, plataforma sobre inovação e startups, em parceria com a Gupy, empresa de recrutamento de seleção com base em inteligência artificial, aponta como a inovação está sendo implantada na área de Recursos Humanos em empresas de pequeno, médio e grande porte. E os números mostram que a inovação ainda é uma barreira: 49% das empresas com mais de 10 mil colaboradores dizem que o tema “inovação” está na estratégia do negócio, porém, não são todas as áreas que conseguem aplicá-la; em empresas com até 50 colaboradores o número cai para 24%. Somente 20% garantem que são “uma organização inovadora” e “praticar a inovação já é um hábito”.
Quando o assunto é RH, 31% das empresas afirmam que já estão discutindo a implantação de inovações na área, mas ainda sem nenhuma ação prática efetiva, sendo que, do total dos respondentes, 2% são consultores, 30% analistas, 19% coordenadores, 25% gerentes, 7% diretores, 8% fundadores, outros cargos somam 9%.
Ainda, de acordo com o levantamento, 23% das organizações não tratam sobre inovação na área de RH e 21% já aplicam novas tecnologia no dia a dia.
Ao serem perguntados sobre a autonomia para contratar um produto ou serviço disponibilizado por startups, 59% dos analistas, coordenadores e supervisores, 53% dos consultores, 24% dos diretores, 48% dos gerentes e 10% dos founders disseram que a efetivação do negócio “depende sempre da avaliação e aprovação de outras áreas”; 18% dos RHs das empresas acreditam ter “pouca/nenhuma autonomia” para inovar seus processos.
“As inovações para o setor de RH têm o propósito não só de solucionar problemas estruturais e operacionais, mas também de serem ferramentas para reinventar processos do segmento e dar espaço para o RH ser ainda mais ativo na estratégia das organizações", garante Raphael Augusto, diretor de inteligência do Liga Insights.
Segundo ele, é necessário que o RH tenha mais autonomia para trazer novas tecnologias às companhias: “O processo de transformação digital precisa evoluir de ações pontuais e de impacto restrito para um hábito com recorrência e profundidade quando falamos em grandes corporações. No entanto, também é preciso dar espaço e autonomia para aplicar as novidades que a tecnologia proporciona, apostando em parcerias com as startups que já têm DNA tecnológico e inovador”, analisa.
Mariana Dias, CEO da Gupy, acredita que o momento atual do RH é de transformação do mindset dos gestores e inovação nas ferramentas: “Se antes o setor de RH permanecia alheio às inovações, hoje é praticamente uma obrigação das empresas se abrir para novas práticas”.
Ainda segundo Mariana, encontrar os talentos certos dentro da empresa é um grande desafio com a concorrência no mercado de trabalho e, para isso, é fundamental que a companhia proporcione uma boa experiência ao candidato, desde o primeiro contato com a marca empregadora. “Unir o lado humano com as tecnologias existentes como, por exemplo, a Inteligência Artificial no recrutamento, é uma das saídas para que o RH possa dar esse próximo passo”, explica.
TOP 5
De acordo com os RHs participantes da pesquisa, as áreas prioritárias para inovar estão assim dispostas:
Avaliação de performance 52%
Engajamento de colaboradores 49%
Recrutamento e Seleção 42%
People Analytics 41%
Cursos e Treinamentos 39%
A pesquisa mostra que 51% das empresas já usam algumas tecnologias na Aquisição de Talentos/Recrutamento e Seleção e 36% ainda não utilizam, porém avaliam que há espaço para isso. No Desenvolvimento Organizacional, 51% já estão inovando e 44% não estão. Já, na área de Performance e Monitoramento, 40% das organizações entrevistadas já estão implantando inovações, enquanto 56% não. Nas Operações, 40% já usam tecnologia e 53% ainda não.
Ao buscar informações sobre novas tecnologias, os gestores de RH buscam eventos (21%), portais de notícias (18%), influenciadores do setor (15%), blogs corporativos de outras empresas (14%), sites de busca (11%) e boca a boca (10%).
Foto: Postman85/Pixabay