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14/05/2024 - 14h36

Em pesquisa da VR, quase 80% dos profissionais brasileiros estão endividados e 51%, insatisfeitos com o salário

Na quarta edição, levantamento aborda saúde financeira, alimentar e mental dos trabalhadores

 

 

Em parceria com o Instituto Locomotiva, a VR, marca de cartão-benefício e do SuperApp, aplicativo focado no trabalhador, apresentou os resultados da quarta edição da pesquisa que traça o perfil do profissional brasileiro, suas principais dificuldades e necessidades, a partir de entrevistas com 4.529 pessoas da base VR.

 

De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados consideram de mudar de emprego. A insatisfação com o salário (51%), a falta de oportunidade de crescimento (44%), o desejo de experimentar algo novo (38%) e o descontentamento com benefícios oferecidos (32%) são as razões mais apontadas para o desalento.

 

No que se refere ao modelo de trabalho, 82% exercem suas funções presencialmente nas empresas e18% trabalham em modelos que incluem o home office, abrangendo os que são 100% remoto e o trabalho híbrido. A comodidade do modelo de trabalho mais flexível é predominante entre os profissionais das classes A e B (28%).

 

O comparativo com a pesquisa de 2022, que apontou 78% em trabalho presencial e 22% em algum modelo com home office, demonstra que o trabalho remoto vem perdendo força após a pandemia.

 

SAÚDE MENTAL

Sobre percepção de saúde, 74% expressaram preocupação com a saúde em geral e 66% especificamente com a saúde mental. Segundo o levantamento, 67% já enfrentaram alguma situação desafiadora do lado mental e emocional, 43% relataram ter enfrentado estresse ou burnout, 35% lidaram com ansiedade, crises de pânico ou depressão e 38% fizeram referência ao medo de perder o emprego.

 

A pesquisa também revela que a maioria das empresas não oferece benefícios para cuidados com a saúde mental e somente 32% têm acesso a palestras e seminários sobre o tema. Programas de apoio psicológico e reembolso para terapia são oferecidos por 30% das empresas e são mais comuns entre as classes sociais mais altas que participaram do estudo (37%). Sobre os cuidados com o corpo, apenas 36% dos trabalhadores são incentivados a praticar atividades físicas.

 

FINANÇAS E CONSUMO

Nas relações com o dinheiro, 78% dos respondentes possuem alguma dívida em aberto, sendo que 29% estão com os pagamentos atrasados há mais de 30 dias. Para 43% as pendências financeiras chegam a comprometer 50% ou mais da renda total. Cerca de 49% são os únicos responsáveis pelas contas em seus lares, enquanto 47% dividem a função com outros membros da família.

 

Quatro em cada dez trabalhadores disseram ter dificuldades para entender assuntos financeiros e quase metade (48%) já adquiriu dívidas por comprar sem pensar. Aproximadamente 53% fizeram empréstimo e 32% ainda pretendem fazer, sendo as razões mais indicadas as emergências financeiras e despesas não previstas (41%), e o pagamento de dívidas (39%).

 

Abordando os hábitos de compras, a preferência por comprar em loja física ou pela internet empata, 50/50. Sobre meios de pagamento, os mais utilizados pelas classes A e B são cartão de crédito (33%) e débito (33%). Já as classes D e E, os mais usados são Pix (46%) e mesmo o dinheiro físico (23%).

 

HÁBITOS ALIMENTARES

Os gastos com alimentação e refeição representam pelo menos metade das despesas (58%). Alguns grupos têm a renda total mais comprometida com esses gastos, entre as mulheres e pessoas que têm filhos 61% comprometem metade ou mais dos gastos totais com comida, entre as classes D e E esse número sobe para 75%.

 

Daí a importância de as empresas oferecerem benefícios para alimentação aos seus empregados, dado que vai ao encontro dos 74% dos ouvidos que afirmaram receber VALE-ALIMENTAÇÃO, ou seja, pagamento que é aceito em estabelecimentos como supermercados. Dos colaboradores que recebem algum tipo de benefício, 62% costumam dividir o benefício com a família, sendo que 61% compartilham o VA e 49% o VR.

 

A maioria dos trabalhadores costuma levar marmita (61%), entre as classes D e E esse número sobre para 67%. Somente 16% costumam se alimentar em restaurantes, já entre as classes A e B, 25% optam por comer fora. Os demais se dividem entre os que utilizam os refeitórios nas empresas (12%) e delivery (7%).

 

Outro levantamento, este feito a partir do cadastramento de notas fiscais no SuperAPP da VR, foi identificado que os ultraprocessados estão entre os alimentos mais comprados (22%), refrigerantes e bebidas prontas estão em quinto lugar, empatados com as proteínas. Cassio Carvalho, diretor-executivo de negócios da VR, diz que esses comportamentos são prejudiciais à saúde, daí a importância  do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e da oferta de benefícios na área de alimentação, que permitem fazer escolhas mais saudáveis.

 

 

Foto: Shutterstock