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18/10/2023 - 14h27

O custo oculto da falta de flexibilidade no trabalho é foco de novo estudo

Quem não trabalha no ambiente de sua preferência tem o dobro de chance de ter baixo nível de bem-estar

 

 

O Gympass, plataforma de bem-estar corporativo apresentou hoje os resultados do estudo Panorama do Bem-Estar Corporativo, realizado com base em uma pesquisa com mais de 5 mil profissionais em nove mercados globais. Desta vez, o estudo analisou as tendências de bem-estar no contexto do debate sobre o retorno ao trabalho presencial e foi apontada uma melhora significativa no bem-estar e na produtividade quando as pessoas trabalham no ambiente que preferem.

 

Os colaboradores "incompatíveis" – aqueles que trabalham remotamente, mas preferem o escritório e os que trabalham no escritório, mas preferem o trabalho remoto – relataram efeitos negativos significativos em seu bem-estar geral. O número daqueles que dizem que seu bem-estar é ruim ou péssimo é duas vezes mais alto entre os que não trabalham no local de sua preferência do que entre os que trabalham.

 

Além disso, pessoas que não trabalham no local em que gostariam tendem a relatar níveis mais altos de estresse, menor bem-estar emocional e pior qualidade do sono. Elas também têm o dobro de chances de relatar insatisfação com a empresa.

 

"Essa incompatibilidade traz à tona uma questão ainda mais importante: a jornada de bem-estar é única para cada pessoa. Por isso, a flexibilidade é tão importante para as empresas que, neste momento, avaliam o retorno ao trabalho presencial", diz Priscila Siqueira, líder do Gympass no Brasil.

 

De acordo com ela, para cuidar melhor da força de trabalho é importante que as empresas respeitem as diferenças e ofereçam benefícios flexíveis e preventivos que propiciem mais saúde e felicidade para os colaboradores e geram economia no longo prazo.

 

O levantamento apontou que a grande maioria dos profissionais (96%) busca organizações que priorizem o bem-estar e 93% deles acreditam que o bem-estar é tão importante quanto o salário, o que representa um aumento significativo de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

 

Tão importante quanto os números acima é a porcentagem expressivas de trabalhadores afirmando que sairiam de uma empresa que não priorize o bem-estar – 87%, também 10 pontos percentuais superior ao estudo anterior.

 

LIDERANÇAS

Também chama a atenção o dado de que aqueles que ocupam cargos de liderança relatarem níveis mais altos de bem-estar do que os demais profissionais, o que cria um "ponto cego" que pode causar uma desconexão entre eles e as equipes em geral.

 

Para dar uma exemplo, 91% dos líderes (diretores e acima) conseguem reservar tempo para seu bem-estar, ante 76% dos gestores e 66% dos não gestores.

 

"Esses dados trazem um alerta importante para líderes e gestores: se vocês acreditam ter um bom nível de bem-estar, não podem presumir que o restante de sua equipe também se sinta assim", alerta Priscila.

 

A liderança, prossegue a executiva, precisa garantir que todos os colaboradores, especialmente os não gestores e aqueles no início de suas carreiras, tenham o mesmo tempo, recursos e flexibilidade para o autocuidado. “O bem-estar não é um benefício condicionado ao nível hierárquico; é o aspecto mais importante para manter seus colaboradores saudáveis, produtivos e engajados", finaliza.

 

 

 

Foto: Freepik/ Drazen Zigic