10/07/2023 - 18h12
80% dos brasileiros consideram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional como o aspecto mais importante no trabalho
Interesse por oportunidades de trabalho flexíveis é unanimidade para todos os profissionais consultados
A adaptação dos profissionais brasileiros aos novos modelos e dinâmicas do mercado de trabalho tem colaborado para o aumento na procura de equilíbrio entre vida profissional e pessoal. De acordo com dados do PageGroup, empresa global de recrutamento especializado de profissionais, oito em cada dez brasileiros consideram a saúde mental e o equilíbrio entre rotina pessoal e trabalho como fatores essenciais na cultura das empresas, superando a média global e da América Latina, que registraram 70%.
A demanda por oportunidades de emprego flexíveis e equilibradas é unânime entre profissionais de todos os grupos socioeconômicos. Entre os trabalhadores brasileiros que possuem filhos, 54% afirmam que o equilíbrio entre as rotinas é o aspecto mais importante para a satisfação profissional (abaixo da média global e da América Latina, 59%). Já para aqueles sem filhos, o número é praticamente o mesmo, atingindo 51%, abaixo da média global e da América Latina (56%).
"A pandemia abriu os olhos dos empregadores para a criticidade da saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho. Essa tem sido uma pauta presente não apenas na área de Recursos Humanos, como na organização como um todo. Cada vez mais, as empresas estão monitorando os níveis de felicidade, bem-estar e ansiedade de seus funcionários, agora que elas têm uma compreensão mais clara de como essas facetas afetam a performance e resultados da organização", afirma Ricardo Basaglia, CEO do PageGroup no Brasil.
Os dados fazem parte da pesquisa global Talent Trends 2023, realizado de novembro de 2022 a janeiro de 2023, em 37 países, com a participação de aproximadamente 70 mil profissionais. O objetivo do levantamento é apresentar uma perspectiva dos profissionais e desvendar seus desejos (motivações, atitudes, percepções, crenças, valores) e motivações em um emprego (salário, benefícios, habilidades, progressão de carreira, cultura da empresa, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, diversidade e inclusão, flexibilidade).
FLEXIBILIDADE EM ALTA
O equilíbrio entre vida profissional e pessoal vem ganhando cada vez mais espaço nas preferencias dos profissionais ao escolherem um empregador, superando itens até então prioritários como salário, reconhecimento, relacionamento com colegas e progressão de carreira. Para pouco mais da metade dos profissionais brasileiros (52%), o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal é considerado o mais importante para a satisfação profissional, pouco abaixo da média global (54%) e da América Latina (58%).
Com as transformações do mercado de trabalho, a flexibilidade será ainda mais demandada nas contratações e promoções. A pesquisa revela que 54% dos respondentes brasileiros estão dispostos a rejeitarem uma promoção no trabalho se acreditarem que ela terá um efeito negativo em seu bem-estar, ficando acima da média da América Latina (44%) e abaixo da média global (59%).
"A necessidade de equilíbrio entre bem-estar e vida profissional tem sido um fator determinante tanto para os candidatos, quando vão escolher um trabalho, como para os colaboradores que já estão trabalhando em uma organização. Sem dúvidas, a pandemia, com o trabalho remoto, e o momento pós pandêmico, com o modelo híbrido, foram fatores impulsionadores desse cenário. As empresas seguem a mesma tendência cada vez mais criando e atualizando suas políticas de flexibilidade e qualidade de vida, com programas e ferramentas de bem-estar", conclui Basaglia.
SALÁRIO É ATRATIVO, SIM
Apesar da busca por maior flexibilidade, o salário continua sendo determinante na escolha dos profissionais em relação a um novo emprego. De acordo com o estudo, 24% dos participantes brasileiros classificam a remuneração como o principal critério ao escolher uma nova oportunidade de emprego, mantendo-se em linha com a média global e abaixo da média da América Latina (28%).
O levantamento ainda aponta que 42% dos brasileiros consideram a remuneração como o segundo aspecto mais importante na satisfação profissional, abaixo da média da América Latina (54%) e da média global (46%).
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