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04/07/2022 - 17h26

Pesquisa aponta os vilões do retorno ao trabalho presencial

Tempo gasto no transporte lidera a lista, de acordo com a It'sSeg

 

O tempo gasto no transporte e os aumentos dos custos de combustível e alimentação estão entre os vilões da volta às atividades presenciais, de acordo com uma pesquisa da It’sSeg sobre o engajamento das equipes no retorno ao trabalho presencial. Tempo gasto no transporte (21,6%), menos qualidade de vida (18,3%) e aumento do gasto com combustível (14,4%) foram as três principais queixas dos profissionais, que também viram saltar os custos com alimentação e indefinições sobre os modelos de trabalho. O estudo foi realizado nacionalmente durante o mês de maio com a participação de 152 clientes da empresa.

 

“São aspectos com impacto direto no engajamento das pessoas e as empresas precisam refletir sobre como lidar com os cenários a partir de agora. Em dois anos, o tempo economizado com transporte, a possibilidade de fazer exercícios, cuidar da saúde emocional, estar próximo da família e a economia com combustível foram fundamentais para manter o profissional mais motivado e produtivo”, diz Thomaz Menezes, CEO da It’sSeg.

 

REENCONTRO

Por outro lado, a volta ao escritório é considerada positiva por aspectos como facilidade para resolução de atividades (31%), reencontro com os times (27,5%) e comunicação alinhada com a liderança (18,4%).

 

Após dois anos de videoconferências, reuniões seguidas e comunicações por e-mail, reencontrar os colegas ajuda no fortalecimento dos laços com o trabalho, na solução conjunta de problemas e no alinhamento entre as decisões e metas das lideranças com o time.

 

Para motivar um retorno mais engajado, parte das empresas (23,3%) já está aplicando algumas medidas. Atualizações na política de home office (22%), flexibilidade de horários e investimento em comunicação interna (18% cada) foram as três mudanças mais relatadas. Apenas 10% das empresas afirmaram adotar benefícios flexíveis e investimento em infraestrutura. Parcelas menores estão promovendo eventos internos (8%) e atualizando valores de auxílios existentes (combustível e refeição).

 

“Entre as empresas que estão olhando para políticas complementares desses novos modelos de trabalho, vemos que boa parte olha para a gestão, mas poucas relatam realizar eventos internos, por exemplo, que podem ter um papel fundamental no bem-estar e no acolhimento das pessoas nesse retorno, onde vemos impactos emocionais da pandemia”, diz Menezes.

 

Ele também aponta que a flexibilidade de horários pode significar um ganho não apenas para os funcionários atuais, mas para as possibilidades de atração de talentos. “Imagine que agora é possível, adotando horário flexível onde for oportuno, poder contratar pessoas que vivem em outros países, que têm outras habilidades e culturas e contribuem muito para o ambiente da companhia”.

 

As datas para o retorno estão definidas entre um terço das empresas consultadas na pesquisa (30,7%), mas todas que pretendem retomar o modelo se planejam para este segundo semestre.

 

Foto: Freepik