25/05/2023 - 15h14
Syngenta adota transparência dos sentimentos para fortalecer conexão entre lideranças
Cinco times de gerentes e diretores já passaram pela experiência
No primeiro ano da pandemia, os níveis mundiais de ansiedade e depressão cresceram em 25%, de acordo com um estudo divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A preocupação com a saúde mental dos colaboradores fez a Syngenta, empresa especializada em tecnologias para o mercado agrícola, enxergar a necessidade de desenvolver, além das competências técnicas, as conexões pessoais.
“Na pandemia viveu-se a fragilidade, o medo de não poder trabalhar, crescendo a urgência de sensibilização, o que se somou à necessidade de os gestores se aproximarem mais dos liderados, pensando principalmente no trabalho híbrido", explica Ana Mazon, HR business partner Latam da Syngenta - Sementes.
Com a ajuda da House of Feelings, primeira escola de sentimentos do mundo, a empresa vem desenvolvendo, desde 2020, vivências sobre sentimentos dentro dos grupos de gestão. A primeira equipe reuniu dez gestores técnicos e científicos, entre gerentes e diretores com vários anos de casa, mas que precisavam falar de suas vulnerabilidades e de sentimentos para ampliar a conexão entre eles, melhorando os relacionamentos interpessoais.
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"Mostrar mais o lado humano é sempre uma ação muito poderosa. Todos têm a chance de se conhecer de forma mais profunda, de falar de suas fraquezas, medos e preocupações. Quando aumentamos a conexão entre os membros de um time, sem dúvida geramos um crescimento na confiança entre eles, impactando positivamente os resultados a serem entregues pela equipe. A confiança bem estabelecida é a base de qualquer equipe de alta performance”, detalha Ana Mazon.
Já o segundo time era formado por pessoas pragmáticas, focadas em KPIs, dashboard e a entrega resultados. Era preciso mostrar que cada participante tem fragilidades, sensibilidade e dificuldades sendo necessário um olhar para si, para se entender melhor e depois entender melhor o outro, as necessidades do cliente.
"A Syngenta visa resultados, claro, mas para obtê-los não apenas por meio de estratégias e ações práticas, só olhando o ‘What’ – o que fazemos –, mas também trabalhando no ‘How’ – em como fazemos, sempre trabalhando os soft skills. Dessa maneira, identificamos a necessidade de falar sobre a importância dos sentimentos", completa Ana.
O trabalho já foi realizado com cinco grupos, totalizando mais de 60 profissionais entre gerentes e diretores da Syngenta. A expectativa é sensibilizar outros grupos a se abrirem para esse tema.
O atual grupo inclui lideranças das áreas de Automação e Engenharia, profissionais que têm em comum a dificuldade de se abrir. No processo, serão aplicados exercícios, filmes, rodas de conversas e práticas com o objetivo de fomentar o compartilhamento das emoções.
Foto: Shutterstock