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31/05/2024 - 12h10

Geração Z e o desafio da liderança

Maria Eduarda Silveira trata das prioridades dos jovens que estão entrando no mercado de trabalho

 

 

Por Maria Eduarda Silveira*

 

 

Recentemente, a consultoria Great People & GPTW divulgou um novo relatório, intitulado Tendências de Gestão de Pessoas. O estudo revelou que 51,6% dos colaboradores afirmam ter dificuldades para lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no mundo corporativo. Mas uma pesquisa da McKinsey mostrou que, até o próximo ano, 27% do mercado de trabalho será composto por colaboradores da geração Z. Diante desse número, que tende a crescer cada vez mais, é indispensável que as gerações anteriores se atualizem e entendam o que, de fato, essa nova geração vem buscando no mercado de trabalho.

 

É importante destacar que as mudanças geradas por esse público não é algo ruim, mas sim um reflexo de que o mundo corporativo mudou e vem mudando cada vez mais. Os jovens querem estudar, se desenvolver profissionalmente, mas também querem manter um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. E, nesse ponto, esperam que a empresa contribua com isso, de alguma forma.

 

Além disso, para essa geração, várias prioridades podem ser consideradas essenciais para garantir uma trajetória profissional bem-sucedida e satisfatória. Essas prioridades podem variar dependendo dos objetivos de cada um, em que área pretende atuar e de escolhas pessoais. Mas, no geral, entre as prioridades que observamos no mercado estão o anseio que eles têm em contribuir com ideias, inovações, se integrarem em projetos, terem mais oportunidades para aplicar conhecimentos teóricos em situações reais de trabalho, adquirir experiência prática e entender melhor o funcionamento interno das organizações, além de desenvolverem iniciativas que demonstram proatividade, criatividade e capacidade de gerenciar projetos do início ao fim.

 

No entanto, é importante que essa geração, embora empolgada em mudar o cenário corporativo, busque e tenha orientação de profissionais mais experientes que possam oferecer insights sobre carreira e tomada de decisões. Por isso, é fundamental que os líderes estejam alinhados com esse novo grupo de colaboradores e saibam engajá-los para que o trabalho seja realizado com eficiência e sustentabilidade de resultados. Afinal, eles são a peça fundamental para organizar os negócios e as equipes.

 

Um dos desafios é e será entender se o objetivo da empresa está alinhado com o objetivo individual de cada membro do time. A geração Z desafia as empresas a terem isso de forma mais estruturada. Ter uma gestão por contexto para esse grupo é algo fundamental para que os colaboradores consigam ver o real impacto do seu trabalho no todo.

 

Se as empresas souberem olhar para isso, para aprimorarem os seus pilares de gestão, só terão a ganhar porque não vão só atrair e engajar os talentos, mas também aproveitar os benefícios de novas ideias e uma nova força de trabalho altamente criativa, que é a geração Z. Além disso, é nítido como ela também tende a fortalecer outros pilares que vão impactar o negócio da empresa de uma forma positiva em todos os aspectos. O mercado de trabalho está em constante evolução, e estar aberto a mudanças pode ser crucial para aproveitar novas oportunidades.

 

*Maria Eduarda Silveira é headhunter e sócia-fundadora da Bold HRO

 

 

Foto: Fernando Zanelato