24/07/2019 - 08h00
BANCO DE HORAS PRA QUÊ?
Provocações: Banco de horas pra quê? Entenda as vantagens.
Por Laura Gomes*
Quero resgatar um viés importante da gestão de jornada de trabalho: a importância da empatia e como colocá-la em prática. A importância de olhar para pessoas.
Só quem tem alguém com alzheimer em casa (ou outra situação de dependência) sabe o quanto o dia a dia se torna moroso. Cuidado exige adaptação e tempo.
Se você tem ou teve filhos pequenos, com certeza percebeu que o tempo passa rápido demais. O jeito é se manter presente e perto. Presença é tudo.
Já as 170 milhões de mulheres com endometriose entendem que repouso faz toda a diferença.
Sobram exemplos em que o que está em questão é a priorização de tempo. Mas isso depende menos dos indivíduos e mais das boas políticas de Gestão de Pessoas.
Humanizado a gestão de RH com banco de horas.
Não à toa, 9 em cada dez brasileiros sofrem de ansiedade. Outro número interessante: estima-se que apenas 39% do tempo é produtivo.
Quando uma empresa desconta atrasos e faltas do colaborador, os dois lados perdem. O funcionário tem abatimento do salário. A empresa não pode contar com a mão de obra necessária para a operação.
O oposto também vale: quando uma empresa flexibiliza banco de horas, demonstra empatia com o humano. O colaborador resolve suas preocupações, atende suas necessidades e só então, cabeça fria e coração tranquilo, volta à empresa. Trabalha mais e melhor, sem distrações.
Melhor: é provado que a flexibilidade melhora a retenção de talentos. Isso significa que não é preciso rampear conhecimento. Menos tempo de onboarding e treinamento, mais de performance e rendimento.
Isso é lindo. Mas é rentável também: empresas que utilizam ponto eletrônico para gerir o saldo de horas economizam até 30% em horas extraordinárias.
Banco de horas é isso: qualidade de vida, produtividade e economia.
Não é à-toa que a geração y considera um requisito na hora de se candidatar. O colaborador sai, faz aquilo que necessita e volta. Que nos sobre humildade para aprender com eles que, se o coração e os números assim indicam, é bom.
*Com sólida experiência em Geração e Crescimento de Receita Recorrente (SaaS e HaaS) e Práticas de Governança em empresas SA, Formação de Equipe e Líderes e Gestão de Risco, Laura Gomes é CEO Advisor da Ahgora (ahgora.com).